Março é o mês que marca a luta internacional pelos direitos das mulheres. Infelizmente, março também é o mês que marca a morte de Marielle Franco.
Marielle Francisco da Silva, conhecida como Marielle Franco (Rio de Janeiro, 27 de julho de 1979 – Rio de Janeiro, 14 de março de 2018), foi uma socióloga e política brasileira que se elegeu vereadora do Rio de Janeiro para a legislatura 2017-2020, durante a eleição municipal de 2016, com a quinta maior votação. Marielle defendia o feminismo, os direitos humanos, criticava a intervenção federal no Rio de Janeiro e a Polícia Militar, tendo denunciado vários casos de abuso de autoridade por parte de policiais contra moradores de comunidades carentes. Com criação católica, nasceu e cresceu em uma favela do Complexo da Maré, no subúrbio carioca e se apresentava com orgulho como “cria da Maré.
Marielle Franco foi executada com três tiros na cabeça e um no pescoço, por volta das 21h30min de 14 de março de 2018, quando também foi assassinado Anderson Pedro Mathias Gomes, motorista do veículo em que a vereadora se encontrava. A principal linha de investigação das autoridades competentes é que seu assassinato se tratou de uma execução. Segundo investigações a respeito da direção dos tiros e sobre o fato de haver outro carro dando possível cobertura aos atiradores, a hipótese de um crime premeditado se fortalece.
Marielle defendia os direitos humanos, e criticava a intervenção federal no Rio de Janeiro e a Polícia Militar, tendo denunciado vários casos de abuso de autoridade por parte de policiais contra moradores de comunidades carentes e as milícias na capital carioca.
O que Marielle Franco tem haver com a luta contra a discriminação social?
Ela é um exemplo, do quanto é violenta a discriminação racial no Brasil. Marielle é um corpo negro que foi assassinado, por estar em evidência nos espaços de poder. Esse espaço sempre foi negada a população negra. O assassinato de uma mulher negra, bissexual, ativista e combativa, que consegue chegar até esse espaço e provocar as estruturas para a mudança que a população negra precisa, evidenciam o quanto é concreto essa exclusão. Então desejamos que Marielle seja semente de inspiração, para que outras de nós consigamos ocupar esses espaços de poder, emancipando a pessoa negra e combatendo a discriminação racial no Brasil.
Por Marielle, Anderson e por nossos antecessores.
Fonte: https://www.politize.com.br/quem-foi-marielle-franco/