Convidado do evento Café com Política na Fundação João Mangabeira, o economista Paulo Rabello de Castro, do Movimento Brasil Eficiente, estimou nesta terça-feira, 27, que o gasto com a dívida pública no Brasil em 2015 será equivalente a ao custo de 21 Copas do Mundo. Segundo ele, os encargos neste ano devem girar em torno de R$ 530 bilhões. A NSB foi representada pela sua Secretária Nacional Valneide Nascimento dos Santos, “é preciso buscar capacitação, comunicar é tornar comum, termos uma ferramenta extraordinária de prestação de serviços”, afirma Valneide. “A dívida pública brasileira não é uma dívida típica, é como se fosse uma moeda que paga juros. Porque são papeis de duração muito curta e que rende juro ao dia, o que é um absurdo completo”, disse Rabello de Castro a uma plateia de lideranças do PSB, entre as quais o presidente nacional do partido, Carlos Siqueira, e o presidente da FJM, Renato Casagrande. Para o economista, o governo tenta dar a impressão que existe um rombo de R$ 30 bilhões, quando fez saltar o custo da dívida de R$ 200 bilhões para mais de R$ 500 bilhões em dois anos. “O que o Brasil tem feito é criar superávit primário suficiente para pagar uma parte da dívida, que a cada ano vem sendo da ordem de 200 bilhões e que em dois anos dona Dilma fez os 200 virarem 500”, disse. “É como se o Brasil tivesse que bancar 21 Copas do Mundo por ano”, estimou. O tamanho da dívida tem aumentado com o crescimento dos juros e a desvalorização do real frente a outras moedas. Ontem, o Tesouro Nacional informou que a soma das dívidas externa e interna já somam R$ 2,7 trilhões. O representante do Movimento Brasil Eficiente defendeu a necessidade de se reformar o Estado urgentemente, para conter despesas e dar produtividade ao governo. “Estamos em uma situação parecida com a que deu ensejo ao chamado Plano Real. Por isso costumo a me referir com a necessidade de termos um Plano Real para o gasto público e para os impostos. Precisamos de uma reforma na gestão do estado”, disse. Para o presidente do PSB, a palestra de Paulo Rabello de Castro tratou de uma questão essencial para o Brasil – a dívida pública – além de traçar um plano bem fundamentado para o País. “O Estado tem que ser estratégico, transparente e meritocrático. Sem essas três funções essenciais, é impossível aplicar uma política eficiente. Para fazer isso, é preciso também coragem, determinação e capital político. Não se adota medidas de profundidade sem que o povo acredite que o sacrifício sugerido pelo governo compensa”, disse. Assessoria de Comunicação |
Jackson Bueno
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