O 13 de maio há tempos não possui status de feriado e pouco serve como um fato histórico motivador para movimento negro em todo o país. Antes é um ponto de reflexão sobre falsas conquistas e avanços que com o tempo demonstraram ser recuos e armadilhas da elite politicamente dominante.
A história brasileira a partir da institucionalização da escravidão sempre relegou aos negros a exclusão e a negação de direitos à cidadania plena. Expostos às mazelas sociais e invisíveis às práticas políticas, negros e negras permanecem restritos a alguns setores da arte, da música e do desporto onde pontuam com destaque. É pouco.
O contexto da pandemia do covid-19 confirma a supressão dos negros no acesso às políticas públicas de saúde minimamente dignas em meio aos números da catástrofe. A maioria dos óbitos, os pacientes menos assistidos, os segmentos mais expostos aos riscos de infecção são negros. Nos momentos de tragédia verifica de forma mais latente a exclusão do povo negro, o que faz do 13 de maio um motivo de esquecimento pela inegável ausência de boas lembranças.