Na noite desta quinta-feira (2), a candidata à Presidência da República pela Coligação Unidos pelo Brasil, Marina Silva, participou do último debate entre os presidenciáveis antes das eleições.No evento realizado pela Rede Globo, a candidata reforçou compromissos apresentados em seu Programa de Governo e ressaltou mais uma vez a importância de ampliar o alcance de programas sociais como o Bolsa Família, ao qual cerca de 4 milhões de pessoas, apesar da necessidade, ainda não conseguiram acesso. “No nosso governo vamos dar o 13º salário para aquelas pessoas que hoje recebem o Bolsa Família e isso vai melhorar a condição de vida das pessoas”, disse Marina. “Porque a pior coisa que há é chegar na época do Natal e não ter como sequer dar uma ceia ao seu filho”. Marina disse que essa proposta estava sendo estudada desde a época em que Eduardo Campos, falecido em 13 de agosto, encabeçava a chapa. “Estávamos estudando o lançamento da proposta, fazendo os cálculos adequados para ver se havia capacidade de suporte”, disse. “Será possível porque vamos fazer mudanças, vamos combater a corrupção e os juros altos”, citou. Durante o debate, Marina também reforçou a importância de ampliar os recursos do orçamento do Fundo Nacional de Segurança Pública, que avaliou como insuficientes. A ideia é que possam sair do patamar atual de R$ 600 milhões para R$ 6 bilhões. “Queremos fazer investimentos em parceria com governos estaduais”, lembrou. “Hoje cerca de 56 mil pessoas são assassinadas por ano em função do descaso que o governo federal tem em tratar o problema de segurança como se fosse um problema nacional”. Ela lembrou que uma importante meta do capítulo da coligação para a segurança pública é ampliar para todo o País o programa Pacto pela Vida, que colaborou com a redução da violência em Pernambuco durante o governo de Eduardo Campos naquele Estado. A condução da política econômica e as questões trabalhistas também foram abordadas por Marina. “Em função das políticas erráticas desse governo, houve elevação de juros e alta de inflação”, comentou. A presidenciável lembrou, ainda, que o patamar de juros elevado fez com que o “investimento bom”, que gera emprego e renda, desse lugar à especulação financeira. Nesse contexto, uma das propostas da coligação para colaborar com a melhoria do ambiente econômico no país é a autonomia do Banco Central. Outra meta nessa área é apresentar uma proposta de reforma tributária para o Congresso Nacional ainda no primeiro mês de governo. No que diz respeito às propostas trabalhistas, Marina reforçou seu compromisso. “Fui fundadora da Central Única dos Trabalhadores e sei o que significou a luta para obter as conquistas alcançadas”, lembrou. “Vamos manter os direitos e viabilizar meios para que cerca de 20 milhões de trabalhadores, hoje na informalidade, possam participar do mercado formal de trabalho”. A presidenciável ressaltou, ainda, a importância do combate à corrupção. “Infelizmente não são criadas medidas para que a corrupção seja cortada pela raiz. Tivemos várias denúncias, inclusive dentro da própria Casa Civil, e a resposta é sempre a de que ‘não se sabia’”, disse Marina, relembrando, também, as denúncias recentes de corrupção na Petrobras. Segundo ela, o primeiro passo é “não nomear corruptos”. A candidata reforçou a necessidade de estabelecer critérios para preencher vagas em empresas como Petrobras, Banco do Brasil e Correios, entre outras. “Eu sei que a sociedade brasileira tem desejo profundo de mudança. Em primeiro lugar quer qualidade da política, que as instituições funcionem, que os políticos, de fato, possam representar nossa população naquilo que ela quer se representada”, reforçou em suas considerações finais. “Reforçamos o compromisso de que vamos aprofundar nossa democracia.” |
Equipe Marina e Beto 40
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