O Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, é um marco para refletir sobre a história, a cultura e os desafios enfrentados pela população negra no Brasil. A data homenageia Zumbi dos Palmares, símbolo de resistência contra a escravidão e defensor da liberdade e dignidade do povo negro. Mais do que uma celebração, é um momento para renovar o compromisso com a luta por igualdade racial e pela erradicação do racismo estrutural.
Apesar de representar mais da metade da população brasileira, a população negra ainda enfrenta desigualdades históricas e estruturais. Dados recentes revelam uma realidade preocupante: 75% das vítimas de homicídios no Brasil são negras, segundo o Atlas da Violência 2023. Além disso, pessoas negras são maioria entre os desempregados e aqueles que recebem os menores salários. No mercado de trabalho, apenas 20% dos cargos de liderança em empresas privadas são ocupados por negros, de acordo com o IBGE. Esses números expõem uma sociedade onde o racismo continua a limitar oportunidades e perpetuar desigualdades.
A luta por igualdade e justiça social exige ações concretas, e o Dia da Consciência Negra reforça essa demanda. É imperativo implementar políticas públicas que promovam inclusão e reparação, como a ampliação de cotas raciais em concursos públicos e universidades, a implementação de ações afirmativas no mercado de trabalho e a valorização da cultura negra em todos os espaços. Essas medidas são fundamentais para garantir que a população negra tenha acesso pleno aos seus direitos e à igualdade de oportunidades.
Ainda há muito a ser feito, mas a força coletiva pode superar esses desafios.