Chegamos ao fim de ano sofrido, cheio barreiras e dificuldades. Mas sabe o que foi bom de tudo isso? Passamos por cima de tudo e aqui estamos. No ano que se finda foi aberta a caderneta do ódio, foi também o ano em que viu crentes evangélicos dentro de igreja fazendo “arminha” proclamando o nome de torturadores e exaltando pessoa que segundo ela mesma, a especialidade é matar. Nesse tempo sombrio viu-se de tudo. Teve o “negro” defendendo o escravista torturador, teve pessoa homossexual defendendo o homofóbico, mulher brigando em defesa do machista opressor. Passamos por cima sim, entretanto, não significa que a sanha do mau foi vencida. Ela continua viva e latente. Aos que não pactuam com a seita do autoritarismo, fiquem alerta e vigilantes para não cair no canto da sereia, que pode até ser lindo, mas te leva ao paraíso dos afogados.
E agora, como será? A realidade da vida não é como mágica, que num estalar de dedos tudo se resolve. Certamente as dificuldades persistirão e as barreiras a serem superadas também. Apenas esperamos mais leveza no fardo e mais amor e esperança no caminho. Esperançar talvez seja a nova conjugação verbal a ser praticada para a construção de uma sociedade viva e participativa. 2022 fica para traz, entra o novo ano, Que este seja de fé, paz e esperança. Feliz 2023!
Adm. Euclides Vieira – Secretário de Planejamento da Negritude Socialista Brasileira