Diversos jornais internacionais deram destaque na última semana ao fato de o Brasil poder ter o seu primeiro presidente negro da história, destacam ainda a origem humilde de Joaquim Barbosa, as dificuldades para estudar e o quanto foi vitorioso na vida. Lembram ainda que o ex ministro alcança 10% das intenções de voto, sem mesmo se lançar oficialmente como candidato, e segundo algumas pesquisas já estaria no segundo turno.
Quando assumiu a presidência da suprema corte do país, a imprensa internacional já dava destaque a sua trajetória nos títulos das reportagens, pelo fato de o ministro ser o primeiro negro a assumir o comando da mais alta corte do país e pelos méritos das vitórias alcançadas.
O jornal “Lá Nación” da Argentina já falava na época do STF sobre a incrível história de superação” que converteu o ministro em um modelo social. Segundo o texto, a chegada de Joaquim Barbosa ao comando da mais alta Corte do Brasil é mais um sinal da grande transformação pela qual já passando o país. Dizia ainda que a posse foi uma cerimônia histórica e, após citar a origem de Joaquim Barbosa, filho de um pedreiro e uma ex-empregada doméstica, relembrou também a atuação do ministro no julgamento do mensalão.
“Eu já falei diversas vezes, o destaque e empolgação em relação a possível candidatura do ex ministro Joaquim Barbosa não é simplesmente pelo fato de ser negro, o que também me enche de orgulho e alegria, mas é, sobretudo, pelo fato de reunir o Barbosa uma série de elementos que entendemos ser necessário para o Brasil. Trata-se de alguém sério e comprometido, alguém que chega com uma bagagem e experiência também em um outro poder e que tem tudo para contribuir para um Brasil melhor”, pontua Valneide Nascimento dos Santos, Secretária Nacional da Negritude Socialista.
Em entrevistas anteriores Barbosa citou não fazer uso da sua história para obter benefícios com o “coitadismo”, diz se orgulhar da sua história, jamais a negar, mas acredita que com oportunidade qualquer pessoa pode ir longe, acredita sim que existe preconceito racial a ser superado e que o Brasil está ainda em um processo para reparar esse erro.
A negritude Socialista Brasileira (NSB) tem se colocado a disposição para apoiar o ex-ministro, natural, também por ser negro, mas trata-se de um segmento maduro, com um quadro qualificado nas mais diversas áreas de formação e a sua chegada vem com a empolgação de alguém que realmente vai fazer acontecer. A Direção da NSB entende que se fala agora na formatação de uma cultura diferenciada de política, uma adequação, um moldar de uma cultura política. “Todos aprendendo”.
O jornal Frances “Libération”, o americano “The Washington Post” e diversos outros destacaram a notícia e fazem citações semelhantes quanto a ter o Brasil o Obama da América do Sul.
Internamente a adesão a Barbosa é quase unanime, incluindo as suas principais lideranças nacionais, dentre estes o próprio presidente do PSB, o entusiasta Carlos Siqueira, o Vice- Presidente de Relações Governamentais, Beto Albuquerque, o governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, o pré candidato ao governo do ES e secretário geral do partido, Renato Casagrande, além de dezenas de outros parlamentares e lideranças do partido.
O deputado federal José Stédile, que preside o PSB gaúcho, disse nesta na última sexta-feira considerar ‘irreversível’ a candidatura do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, à presidência da República pela legenda. “Ela é extremamente competitiva, há uma grande empolgação no partido e a bancada federal só fala nisso. É unanimidade entre os deputados federais. Só aguardamos pelo melhor momento para a definição.”
Por: Jackson Bueno