Não faz muito tempo aqui em Terras brasileiras, o exercício da prática da política era um “direito” quase que sagrado, apenas do homem branco, coronel, oligárquico e rico, muito rico. Com o passar dos tempos, o espírito dinâmico que habita as consciências humanas, colaborou para um certo amadurecimento da Consciência Negra no Brasil e timidamente, nós negros e negras fomos rompendo barreiras, superando obstáculos, ousando e fomos participando do debate político, percebemos que também somos a parte rica e importante desse país.
O tempo nos mostrou que a economia desse país está fundamentado no trabalho forçado dos nossos ancestrais, percebemos que atualmente somos os esquecidos em todos os sentidos pelo poder público e por essa razão, decidimos nos organizar politicamente e então, fazer exigências políticas, pois queremos igualdade e justiça social, queremos respeito e queremos participar do exercício do poder público.
Percebemos que a cidadania só se exerce na prática política e no enfrentamento a todos os tipos de intolerância e práticas discriminatórias. Nesse contexto, após muitos anos de silêncio, na Bahia, em minas gerais e no Rio de Janeiro, vários grupos de negros e negras se organizaram no teatro, na dança e na politica para se tornar também atores sociais e então, uma luz se acende em relação a uma postura de verdadeiros cidadãos negros e negras.
É sabido historicamente que nenhuma consciência seja política ou de mudanças se dá de forma pura e pacífica e algumas vidas foram ceifadas, foram tiradas da cena social e política. Mas o desejo de mudança, o sonho da utopia – a liberdade de atuação e de dignidade eram maior. Por isso, mesmo que se corressem riscos, valia a pena lutar e tentar a novidade.
A novidade se apresenta a cada pleito político. Pois em período político, o número de negros e negras que se candidatam é cada vez maior. Alguns e algumas vêm conseguindo serem eleitos/eleitas e outros vêm conseguindo ser reeleitos/as. Alguns são destaques no cenário político, tal é o caso do ex-jogador de futebol, Romário, no Rio de Janeiro e Cristina Almeida, no Amapá.
Nesse sentido, o Partido socialista Brasileiro – PSB é sem dúvida o partido que agrega esse potencial político, pois além de dar condições de participação e formação política aos negros e negras, quando de eleições, elege algumas prioridades e nesse caso, os candidatos negros e negras da Negritude Socialista Brasileira, tem contado com o apoio político e econômico do PSB Nacional. No limiar da nossa história queremos e vamos fazer a nossa parte política. Vamos ocupar o nosso verdadeiro espaço no poder local e nacional.
Domingos Barbosa dos Santos
Secretário Geral da NSB