Irmãos e irmãs, orientados a agora liberar perdão, seria muito bom e perfeitamente aceitável, antes consultar vossos corações e ouvirem a voz silenciosa do Deus altíssimo, aquele que tudo ver e tudo ouve.
A orientação do pastor, padre ou de outro irmão é sempre muito bem vinda. Mas a grande virada vem do seu coração que antes de qualquer coisa deve está limpo e livre do venenoso ódio que foi estimulado e acumulado ao longo da vida.
A política faz parte da vida de todos que vivem em coletividade. O ser humano em seu primórdio, por questão de sobrevivência fez a opção de viver em grupo, o que nos tempos modernos chamamos de sociedade. Segundo a bíblia, Deus fez o homem, e em sua sabedoria achou que não seria bom sua criatura viver só e deu-lhe uma companheira. De lá pra cá a humanidade foi aperfeiçoando esse conceito e foi criando os agrupamentos de pessoas e com eles, as desavenças e com isso, novos grupos e novos códigos de linguagem. As brigas foram tantas que criaram até novos deuses. Sem a crença e comando do deus único as coisas pioaram e começaram as guerras, cada um apostando que o seu deus ia ajudar a vencer a batalha e trazer prosperidade. Os líderes das batalhas diziam a seus comandados que representavam Deus outros se diziam ser o próprio Deus. Até os dias atuais essa peleja do bem contra mal continua, e sabem porquê? Por pura e simples arrogância humana que acreditam que Deus cria embaixadores e representação do céu aqui na terra.
Portanto, irmão, irmã, mantenha a fé, limpe seu coração e consulte sua consciência se não é hora de perdoar a si próprios e liberar mais amor ao seu semelhante, aproximando-se mais por afinidade e produzindo mais igualdade pra essa sociedade que tanto clama por justiça. No campo sociológico, segundo Rousseau, o homem nasceria íntegro, biologicamente sadio e moralmente reto, mas a sociedade o corromperia, ou seja, o homem torna-se mau e injusto apenas depois, por um desequilíbrio de ordem social. Ainda, extraindo-se da filosofia de Thomas Hobbes, filósofo inglês do século XVI defensor das monarquias absolutistas, “o homem é lobo do homem”, ou seja, guerreia e briga permanentemente entre si. Nos tempos modernos a opção que mais se aproxima dos ensinamentos divinos é o respeito ao próximo e à democracia.
Por Euclides Vieira – Secretário de Planejamento da Negritude Socialista Brasileira.