Indignada, a ministra da Igualdade Racial contatou dirigentes da CBF e do Santos para discutir medidas de combate à violência racial nos campos do Brasil “Diante do racismo, o jogo não pode continuar, assim como o Brasil não pode continuar a tolerar o racismo”. Esta foi a reação da ministra Luiza Bairros (Igualdade Racial) ao saber da agressão racista sofrida pelo goleiro Mário Lúcio Duarte Costa, o Aranha do Santos, em disputa pela Copa do Brasil ontem (28) contra o Grêmio, em Porto Alegre-RS. O jogador foi chamado de macaco, entre outros insultos racistas, pela torcida do Grêmio. Hoje, a SEPPIR entrou em contato com dirigentes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do Santos para dialogar sobre medidas mais permanentes de prevenção ao racismo, que vem se repetindo nos campos de futebol no Brasil. “Existe uma grande tolerância para práticas de racismo como essa que, aliás, já são esperadas, como revelou Aranha depois do jogo”, afirma a chefe da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República – SEPPIR. Segundo ela, tanto os árbitros, quanto os jogadores, a própria torcida e as instituições ligadas ao futebol, devem acionar mecanismos de reação dentro do campo, no momento em que ocorre o ato de violência racial, que reprimam e punam esse tipo de atitude. A ministra ressalva que, no caso de ontem, por exemplo, o juiz não registrou a ocorrência na Súmula do jogo, incluindo o episódio somente depois, como adendo. “Há medidas recomendadas pela Fifa que ele poderia adotar imediatamente”, afirmou. “A sociedade precisa ser mais assertiva nessas situações. Assim como os jogadores foram solidários recentemente, com os colegas de Cuiabá que manifestaram insatisfações com a falta de pagamento pelo time, podem também ser solidários com os parceiros atingidos pelo racismo”, completou. |
Coordenação de Comunicação da SEPPIR
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